Letra: Carlos Paião

Vou contar-vos uma
Que não me sai da memória
Foi pra mim uma
Nesta era espacial
Noutro dia estremeci
Quando abri a e vi
Um grandessíssimo OVNI
Pousado no meu
Fui logo bater à porta
Veio uma figura
Eu disse: Se não se importa
Poderia ir-se
Tenho esta roupa a secar
E ainda se vai
Se essa coisa aí ficar
A deitar pra fora

E o extraterrestre
Viu-se um pouco atrapalhado
Quis mas disse pi
Estava mal sintonizado
Mexeu lá no
E pôde contar-me, então
Que tinha sido
Por o terem apanhado
Sem carta de

O senhor lá
Não quero passar por má
Pois você onde está
Não me adianta nem me atrasa
O pior é a
Que parece que adivinha
Quando vir que eu estou
Com um estranho em minha casa

Mas já que está aí de
Venha tomar um café
Faz-me , pois você
Nem tem cara de ser mau
E eu queria saber
Se na terra donde vem
Não conhece lá
Que me arranje

E o senhor extraterrestre
Viu-se um atrapalhado
Quis falar mas pi
Estava sintonizado
Mexeu lá no botãozinho
Disse para me pôr a
Pois na terra donde vinha
Nem há cheiro de
Quanto mais de bacalhau

Conte agora
É casado? Tem ?
Já tem filhos? De que ?
Só um? A quem é que sai?
Tem , com certeza
Mostre lá, ai que !
Não é mesmo uma beleza?
Tão , sai ao pai

Já está de na mão?
Vai voltar pro ?
Espere, que já ali estão
Umas sandes pra
E vista também aquela
Camisinha de
Pra quando abrir a janela
Não se co'a aragem

E o senhor extraterrestre
Viu-se um atrapalhado
Quis falar mas disse pi
mal sintonizado
Mexeu lá no botãozinho
E pôde dizer-me
Que quer que eu vá visitá-lo
Que acha quando eu falo
Ou ao menos pra escrever

E o senhor extraterrestre
Viu-se um pouco atrapalhado
Quis mas disse pi
Estava mal
Mexeu lá no botãozinho
Só pra dizer: Deus lhe
Eu dei-lhe um de vinho
E lá foi no seu
Que era um pouco em ziguezague